sexta-feira, 17 de maio de 2013

De hater a lover

Eu acho isso péssimo, mas tenho o hábito horrível de odiar a humanidade. Não a humanidade como um todo, mas odeio milhares de pessoas, grupos, opiniões, ideias, gostos estranhos.

Entretanto, há uns dias atrás, em uma conversa boba de feijoada, um conhecido falou uma coisa que me deixou em choque, algo do gênero "poxa, tem tanta gente legal no mundo, né?". Eu achei muito que ele estava zoando, sendo irônico, fazendo uma brinca. Mas não, ele sustentou a parada e começou a contar das diversas pessoas legais que o cercam, que sempre conhece pessoas ótimas e divertidas e blablabla. Pois bem, parei pra pensar onde estariam essas unidades de seres humanos maravilhosas, já que todo lugar que frequento parece ser entupida de gente escrota. 

Nem minha própria família tenho aguentado, já que em um bate-papo leve de uma horinha a galera consegue falar mal de gays, negros, pobres, mulheres, políticos, indígenas e comportamentos. Sim, em uma horinha rola tudo isso. 

Mas, voltando ao tal conhecido, fiquei com aquela experiência dele na cabeça, de amor à humanidade imperfeita, e decidi me esforçar para deixar de ser uma hater, já que isso (além de feio) é coisa de adolescente e eu já sou quase (ou deveria ser) uma adulta. Desde então, tenho me esforçado muito para ser do amor. Comecei a falar mais com as pessoas do muay thai, do ônibus, da academia, do mestrado, do trabalho, sempre procurando nelas coisas admiráveis. 

E hoje tive o grande teste quando meu professor de inglês iniciou nosso assunto defendendo o lado errado da ditadura militar. Esse é um assunto que não discuto com ninguém, pois não admito a visão contrária. Acho injustificável, irracionalizável, impensável, intragável e desonesto. Sério, não consigo. Nesses momentos eu costumo me imaginar agredindo as pessoas que fazem esse discurso fascista e utilitarista. Mas hoje, não. Hoje eu me levei a sério e me desafiei a ser uma pessoa melhor. Mudei de assunto sutilmente para um tema que eu sei que ele é fera: literatura. 

É algo que ele gosta tanto que me deu uma hora extra de aula grátis, me dando mil indicações e ensinamentos sobre literatura americana e russa. Uma fofura. Ele é muito bom nisso. Moral da história, saí da aula cheia de amor no coração, super admirada com a cultura literária dele e com uma listinha de indicações de livros. 

Pois bem, esse post é para me lembrar que é possível ver as pessoas para além da minha intolerância com tudo o que considero inaceitável. Preciso muito colocar isso em prática, adotar o hábito de ser uma pessoa positiva, sabe? Reclamar menos e constituir mais, utilizar minha potência para construir relações afetuosas com outros da minha espécie, já que todo o meu amor parece ser reservado a filhotes de cães e corujas. Sério, amo fotos de cães e corujas!  Enfim, é isso, pequena anedota a ser replicada. 

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Para começar...

Com a proximidade do meu primeiro quartinho de século, me vi acumulando diversos projetos pessoais diferentes visando não me tornar uma adulta chata, gorda e frustrada. 

Dada minha obsessão com listas, vinha organizando ideias em listas jogadas pela casa, mas hoje pensei na ideia de fazer um blog e acho que vai ser legal. A primeira resolução é não divulgar o endereço do blog para escrever com mais liberdade. Imaginar que alguém está lendo inevitavelmente muda até os meus próprios pensamentos.

Pois bem, dando início ao objeto deste blog, listo abaixo (amomuitolistas) alguns projetos que se encontram em andamento:


  • Corpitcho perfeito até os 25 (faltam 7 meses e dois dias);
  • Comprar menos, apenas o necessário;
  • Ler muitos livros clássicos;
  • Ver muitos filmes do woody allen; 
  • Fazer cadernos de estudo para concursos de professor; e
  • Escrever a dissertação. 
Nos próximos posts eu pretendo abordar esses objetivos, que são parte das minhas metas de 2013, e assim vou tendo o que escrever. 

Eu preciso dizer que estou me sentindo muito crazy por estar escrevendo essas coisas, um feeling que vem direto do superego. Já pensei em apagar td algumas vezes, mas preciso superar essa vergonha ridícula de escrever.

Não sei se tem que se despedir em post. Se tiver, beijos pra mim.